Como um grato preto
E eu do lado de fora de tua casa
Passo, em passo lento, pelo paço municipal
A chuva descortina fenomenal
Um elemento em fúria, sem igual
E você atrás da cortina, descortina
Ninguém é capaz de estender a mão a um irmão
Oferecer um guarda-chuva de antemão
Uma capa, um auxílio, uma mão
O corpo ensopado dos pés a cabeça
Sobe a ladeira
Atrás de uma parede
Alguém ri
Mais eu sigo em frente
Chegado o destino
Sinto que minha caminhada foi breve
Mais produtiva
A chuva que assaz me molhou
Doou-me um pouco de si
E eu que senti gota à gota
Em cada poro meu
Sinto-me lavado, forte e renovado
Aquele que pensava que eu sofria
Nem de perto refletia
Que o que se passava do lado de fora
Era na verdade uma troca de elementos
Onde eu recebia as benditas águas dos céus
E em troca minha insanidade era retirada
A Lei da Troca Equivalente
Onde apenas quem é valente
Pode assim perceber
Sem mesmo ver
Abre os olhos internos
E perceberás...
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