Mais ela não podia alcança-lo,
Não podia sequer toca-lo...
Sua voz tinha um perfume inconfundível,
E muitas vezes tinha gosto de fruta adocicada!!!
Ele simplesmente falava com os olhos,
Quando a fitava, do outro lado da cadeira...
Não via apenas ela, mais sua aura toda!!!
O toque de suas mãos era como uma presença,
Não algo brusco, estranhamente lhe causava arrepios diversos...
Ele absorvia cada palavra que lhe dizia,
Pois conseguia materializar os sons,
Para ele a mínima imaginação era algo real!!!
Quando ela se inclinava e apoiava a cabeça em seu ombro,
Seu olor lhe tomava por completo,
Em sua mente se materializavam automaticamente várias cenas...
Realmente ele confundia todos os seus sentidos,
Nada era como o convencional, o tradicional!!!
Ao seu lado até mesmo atravessar a rua parecia um ritual.
Estranhamente quando pousava o pé na rua,
O sinal magicamente se fechava,
Os carros paravam...
Parecia que pairava um silêncio no ar.
Ao final do percurso, ao alcançar o outro lado da rua,
Tudo retornava...
O caos do mundo…
