23 de mar. de 2022

Atino

Eu vivo o Tempo de meu Pai
Nele não existe relógio
A fluidez e equilíbrio imperam
Nem por isso deixo de viver meus sonhos
Ou fazer meus projetos
Se eles seguem, assim devem ser
Pois a mente una se une com que lhe der acesso
Transformando-a em uma confluência única
Eu vi pessoas, convivi com pessoas
Algumas passaram...
Outras não!!!
Eu vi o pôr do sol incontáveis vezes no oriente
Assim como o nascer no ocidente
Sem acidente nenhum
Eu vi a guerra passar por mim, sai ileso
Eu vi a praga acenar do outro lado da rua, retribui
Ela seguiu seu caminho, eu o meu
Na noite escura o carrasco estava aposto
Eu invisível e infalível sempre
De sorte que não conto mais os números
Eu conto é com meu Pai
Assim te conto sempre histórias novas
A novidade de hoje é o velho de ontem
Ele tem longas barbas alvas, um cabelo comprido imenso
Pode ser negro, ter os olhos puxado, e ser amarelo ou vermelho
Tanto faz, sua mente é que vai fazer esse juízo
Sem prejuízo de nada
Afinal...
A estrada não tem fim...
Mesmo depois daquela porta ali...

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