10 de abr. de 2020

Mais um outono

Passivo outonal
Tudo mudo
Fora do normal
Engavetei minhas ideias
Tudo muda
Me enveredei por minhas veias
Em uma viagem própria e formal
Não, não usei formol
Pois ainda não eram fim dos dias
Apenas começo de outros
Em um outono cheio de vendaval
Lá fora muita gente bestial
Perdidos tal como em um filme de zumbi
Não dos Palmares, pois este, foi sem igual
Abre um livro, abri a mente
Revi velhas obras
Analisei o conteúdo e a forma
Cheguei à conclusão, que estou seguro
Dentro de mim, não dentro de minha toca
Pois está me outorga outros domínios
A fuga pode ser inevitável neste momento
Mais é uma fuga ilusória
Onde o simplório acredita estar salvo
Mais cá entre nós
Nem Adão estava a salvo de deus
Não esse imenso que é nosso Pai
Mais aquele dentro de si mesmo
Que brada e grita em fúria para ti:
Bestial, te mostrei tantas vezes o caminho
E mesmo assim insististes em errar
Erras consigo mesmo e com sua semente
Agora vai, mente de novo a si mesmo
E desmente o que na tua cara esta
E mente para ti mesmo para aliviares tuas dores
Pois a carne perece agora!
Já o que vai dentro de ti não sabes...
Fica sempre a dúvida como um eco incessante
Se torna e retorna...
Retorna...
Retorna...
Retorna...